jeudi 5 mai 2011

O Osama matou o Obama


        

              Não entendi o frenesi gerado pela reação de boa parte do povo norte-americano quando da notícia da morte de seu inimigo público número um. Conhecendo o perfil típico do cidadão, digamos, de classe média dos Estados Unidos, essas manifestações não são nem um pouco surpreendentes. Então, por favor, vamos parar com essa falsa surpresa que me parece um tanto quanto bastante hipócrita. Sim, porque não tem nada de novo nisso! Pelo menos, eu não vejo nada de novo. Mas, talvez, eu seja um maluco. Então, pera lá e deixa eu dizer o que me assuta, de verdade, nisso tudo.
          Me assusta, primeiro, quem se interessa de maneira superficial sobre essa política externa e, quiçá, interna da super-nação que domina o mundo. Sim, mataram o Bin Laden, o terrorista mais famoso da história recente, praticamente, um pop star do século XXI. Mas, tchê, e que tal toda a galera que tá lá apodrecendo e sendo torturada em Guantanamo Bay? É, lá no lindíssimo Caribe, na pequena ilha que abalou o mundo com uma revolução que, hoje, se perdeu. Aham, lá, a nação mais poderosa do mundo impõe um estado de exceção em território alheio, simplesmente, cagando pra toda histórica luta da humanidade pelo respeito aos direitos humanos.

          O tio Obamão foi eleito em 2008, foi tudo muito lindo, sim, lindíssimo. Uma campanha mágica. O povo gritando “YES WE CAN”, clamando “CHANGE” e sendo liderado pelo primeiro negro a se tornar presidente duma nação que até os anos 70 vivia uma espécie de apartheid social, onde a cor da pele definia o que tu podia fazer, sonhar, tua posição social (e teu lugar no ônibus). Aliás, até hoje, em quase todas as cidades norte-americanas mais socialmente convulsionadas tu, enquanto ser humano branco, se entrares num bairro negro barra-pesada pode ser assassinado – ou só tomar uns cascudos - por seres humanos iguais a ti, mas que por serem negros tem um ódio gigantesco dos caras-pálidas que desde sempre fuderam com eles. Peço um parêntese para um modesto pedido e, quiçá, homenagem a nós, brasileiros, através do nosso maior coração, um ser extraordinariamente lindo e meu poeta favorito, Vinicius, sim, Vinicius de Moraes, ouçam Blues para Emmett e, por favor, entendam a música. Se quiserem, depois de ler isso, vejam Mississipi Burning: clássico. Bom, assim, a gente vai construindo todo esse sentimento de esperança que tomou o mundo na eleição da superpotência – que é tipo o evento do ano, depois do Oscar, é claro.
          Digo que a esperança é, na minha modesta opinião, um dos sentimentos mais universais entre nós, macacos habitantes desse planeta maldito. É isso aí, “HOPE”. Lembrem-se da imagem do grande street artist, Shepard Fairey, que rodou o mundo e transformou esse – quoting Silvio Berlusconi – “homem bronzeado” num ícone não só da política internacional do século XXI, mas, sobretudo, de uma esperança gigantesca de mudança. Esperança, quiçá, de evolução para uma democracia mais justa, humana e igual. E que, vindo da “nação modelo”, seria exportada para o resto do planeta – assim como eles exportaram o neoliberalismo pro Chile no 11 de setembro de 1973 e instalaram os regimes ditatoriais dos homens de farda em quase toda a América Latina. Sim, os Estados Unidos são ótimos em exportação! E não só economicamente, gurizada. Vamos abrir o olho porque quando se trata da pursuit of happiness do povo estadunidense, dane-se o resto!
          Buenas, e agora, vamos ao principal. O que, realmente, me assusta nessa estória é que frente à comemoração pela morte de um ser humano, o essencial passe batido. Sim, todo mundo comentou a morte do cara entre amigos, família, colegas, professores ou na rua e em bares. Afinal, o Osamão é famoso e, melhor, o nome dele é tri parecido ao do Obama, é, é mesmo. E eu não errei no título, deixe-me continuar, caro leitor, deixe-me dizer porque é que eu acho que foi o Osama que matou o Obama. Vamos lá, um dos pontos fortes da campanha do Obama era a questão de Guantánamo. O negão prometeu que ia fechar a base e dar um Ford 1000 para os prisioneiros que tavam lá. Aham, bem nessa. Sim, avacalhei, mas uma promessa não cumprida não é uma avacalhação muito maior? Pra mim é. É um tapa na cara, na verdade. O Obama, antes de chegar no Brasil pra visitar a tia Dilma, tinha assinado um documento que foi, digamos, o primeiro passo para o seu atestado de óbito. O peso da assinatura dele foi a seguinte: os prisioneiros de Guantánamo vão continuar sendo julgados por tribunais militares. Ou seja, ele não só manteve a base aberta como ele disse, de certo modo, que esses bárbaros fizeram por merecer. Ele gritou pro mundo que não tava nem aí pros direitos desses árabes-barbudos-islãmicos, que devem ser a maioria lá, né? Ou não? Classified.

          Bom, agora, aquela pequena desviada, já que o primeiro pilar que tombou desse fênomeno está explicado. Vamos começar  tratar do que chamaremos de decepção Obama. É, vamos impor conceitos pra ficar tudo organizado, confiram, depois, a bibliografia que eu utilizei. HAHAHA. Voltando, voltando, voltando.  Tchê, só eu fiquei meio apavorado com a visita do Obama ao Brasil? Do tipo, gente, esse cara é um desastre político, vamos acordar! Não, claro que não, a CartaCapital fez uma edição maravilhosa intitulada “O desastre Obama”, confiram no site, deve ter... Contudo, vamos à uma análise diferente. É, talvez não seja ele o problema. Porra, por favor, vamos nos aproximar de um conceito weberiano de dominação carismática. Digam-me, sinceramente, quem aqui não simpatiza com o Obama? Falando sério, vamos ao direito ao contraditório – formalismo valorativo manda um beijo pra galera do Direito. Vamos à defesa de Obama.  Ele ama o Lula. Ponto pra ele. Ao menos foi o que ele disse num encontro internacional: “that’s my man right here... I Love this guy, his the most popular politician on earth… it’s because of his good looks”. É, nosso querido sapo barbudo encanta. Depois disso, teve aquele episódio com o Professor universitário que foi preso por tentar arrombar a própria casa. Hãn? É, o Professor era negão, ele tava sem as chaves querendo entrar no seu doce lar e parou na delegacia. A viagem da história é que o policial que o prendeu era um cara anti-racista, seilá, não lembro bem, mas depois que se resolveu o mal-entendido, o Obamão (sim, vamos botar um ão no final, bem homem cordial) chamou os dois pra tomar uma ceva na Casa Branca! Sim, uma cervejinha! Demais, não? E, bom, não é só isso, o Obamão tava com tudo na campanha. Representando aqueles que não tinham voz, dizendo que ia melhorar a situação do seu povo, diminuir a desigualdade, instaurar saúde pública universal, se mostrou à favor do casamento homossexual e à favor da legalização do aborto.  E bom, com a aquela oratória, aquele inglês perfeito, um sorriso cativante. Porra, não tinha como não simpatizar com o Obama.
          Porém, todavia, entretanto, voltemos aos podres poderes e, então, aos dois atos que, para mim, junto com a manutenção de Guantánamo finalizam esse atestado de óbito do presidente norte-americano e, assim, concretizaram a decepção Obama. O primeiro seria o final de um discurso espetacular que Barack Obama pronunciou na casa branca faz poucos dias: http://www.youtube.com/watch?v=lX16OrIVfeQ&feature=channel_video_titleDia 30 de abril. Nesse discurso, Obamão destilou carisma e simpatia. Na boa, ele largou umas ótimas do tipo “Did we fake the moon landing?” e “Where are Biggie and Tupac?”, além de uma alfinetada sobre o local de seu nascimento – que foi muito debatido pela impressa republicana de uma maneira pejorativa, já que o nosso homem bronzeado tem um pezinho na África – e, pra finalizar, um trailer engraçadíssimo plagiando The King’s speech. Lamentavelmente, ao final de, aproximadamente, 20 minutos, o Presidente acaba homenageando os bravos jovens homens e mulheres norte-americanos que estão combatendo do outro lado do oceano sob condições extremas e pede a benção de Deus para eles e para os Estados Unidos. Bom, nem vamos entrar na questão Deus, senão eu nunca acabaria esse texto. Mas só pra não perder o fio da meada, pega um Saramago, devora ele e muda o teu mundo. Voltando ao final desse discurso, vamos a alguns números porque, infelizmente, no mundo em que a gente vive, às vezes, as pessoas não só não se contentam com a beleza e o poder das palavras, mas também as negligenciam de uma maneira brutal and heartless (não sou um grande fã de estrangeirismos, mas nesse caso o nosso velho português faltou). Então, pra evitar aquela cambada de perguntas e constatações cretinas que clamam FONTES, NÚMEROS, FATOS, DADOS, enfim, qualquer baboseira – sim, estou radicalizando – que dê um ar “oficial”. Foda-se! Isso na maioria dos casos só serve pra nos limitar, nos privar de conhecimento e mascarar uma hipocrisia, usualmente, expressada com “só acredito vendo” e frases do tipo, entendem? D’accord, então, aí vai, qual é o bilan, qual o resumo disso tudo:  10 years, 2 wars, 919,967 deaths, and $1,188,263,000,000 later, the United States of America managed to kill one person. Yeah! Fuck yeah, congrats to the most powerful nation que, aponte-se a tempo, matou um maluco que eles mesmo criaram e financiaram QQQ.
        Sim, sim, digo com o coração aberto e da forma mais clara possível, em quatro simples palavras, o que mais me entristece nesse mundo: violência, guerra, indústria bélica. E bom, isso é basicamente uma definição dos United States of America, right?
          Uma nação fundamentada numa economia extremamente dependente de sangue. O capitalismo norte-americano é viciado em sangue e em destruição. A construção do Sonho Americano se calca na tristeza alheia. A cultura da violência. Por favor, olhem a história do século XX e contem nos dedos quantos anos os EUA se desenvolveu sem alguma intervenção bélica, sem invadir algum país, sem matar inocentes – aqui incluem-se os milhões de jovens usados como massa de manobra política e manipulados para espalhar horror em nome de sua bandeira, o futuro de sua pátria amada, seu Deus e sua família. Sim, sim, os comunistas vão nos expulsar de nossas casas e comer nossos bebês, então, como é que não faz lógica ir até a Ásia assassinar um monte de camponeses, largar nossos compatriotas no meio da selva, jogar bombas de napalm em pequenas comunidades que, por terem homens, têm de ser dizimadas e, terminando, por que não largar elementos tóxicos nas plantações deles pra que toda uma geração de miseráveis infelizes nasçam com deformações físicas e mentais? Agent Orange, nada melhor, não pegaram? Google it!
           Sim, sim faz sentido, não? Assim, o pessoal de Hollywood pode trabalhar tranqüilo e os nossos jovens, young pretty ladies e brave old men, podem curtir aquele domingo, o dia cristão, vendo um filminho esperto, comendo fast food, dirigindo seus carros grandes, poluentes e ineficientes, passando pelas ruas iluminadas por publicidades que impõem padrões materiais de felicidade – a velha pursuit of happiness -, é essa a nossa civilização em seu ápice, é isso que a gente precisa e, então, a gente tem que defendê-la! “I WANT YOU FOR THE US ARMY” já diria o Tio Sam. Aham, outra citação, rapidinha, essa do grandessíssimo fascínora capitão Kilgore, no clássico Apocalypse Now: “I love the smell of napalm in the morning. You know, one time we had a hill bombed, for 12 hours. When it was all over, I walked up. We didn't find one of 'em, not one stinkin' dink body. The smell, you know that gasoline smell, the whole hill. Smelled like.... VICTORY” (http://www.youtube.com/watch?v=bPXVGQnJm0w&feature=related). Pesado, não? E sabe o que mais legal? É que a gente ainda pode curtir isso atualmente e, melhor, nada melhor do que ser um veterano do Vietnã, hein, John McCain? É uma pena que tu não pôde seguir o legado Bush e Baby Bush, né? Mas acho que esse filho de africano que nasceu no Hawaii (mesmo?) tá se saindo bem, tá todo mundo contente, não? Se a indústria petrolífera e a bélica tão bem quer dizer que Wall Street tá tranqüila pra brincar com sua mão invisível no mercado e, assim, governar o País e, logo, impor goela abaixo a Ordem Mundial pro resto da gentalha. Êlele! É isso aí, Obamão, já que tu citou o Tupac no discurso aí, que tal ouvir aquela que ele diz: “We got Money for wars but we got no money to feed the poor”. Sim, é senso comum, né?
          Contudo, pra quem comemora a morte e a destruição de famílias e de países parece tão idiota, tão ingênuo, tão sonhador escrever que se nós, macacos atraídos por luzes e status, pegássemos esse dinheiro sujo que é usado pra destruir esse planeta maldito e, simplesmente, acabássemos com a fome e a miséria... Mas não. Não foi isso que o Adam Smith ensinou, e o individualismo da nossa sociedade capitalista não permite. Ué, cadê a meritocracia nisso aí? Vagabundo tem que é trabalhar, querem ficar mamando na teta do estado??? Vamos viver num mundo sem fronteiras, assim o mercado vai dar conta de distribuir a renda, sim, sim, abram seus mercados. Hey, América Latrina, abra suas pernas! Deixa o Tio Sam implantar um regime legal pra elite de vocês, todos saem ganhando e, melhor, os comunistas não vão devorar nossos filhos branquinhos e católicos que tem um futuro brilhante à frente! É, that’s right, my man! A história se repete? Eu tava falando dos anos 70, será que mudou alguma coisa? UUUUUUH momento reflexivo, meu deus, quanta informação, que cara loco que tá escrevendo, o que tem a ver com a porra da morte do Obama? Digo, Osama! Hein?!
          É, vamos reestruturar essas idéias aí, qual foi, então, o grande problema e por que essa menção do Obama foi tão significativa? Bom, é um pacto. É um pacto com a indústria do sangue, porque afinal, a sede dos EUA não é só de petróleo, minha gente, sangue, sangue, sangue e cheiro de Nalpalm de manhã! QUE VIDA! É, as guerras criam heróis. O arco do triunfo em Paris, que grande monumento à nossa violentíssima civilização, lindíssima, quando forem visitar a cidade mais turística e falsa do mundo subam lá, depois passeam na Champs-Elysées e comprem, comprem, comprem porque a gente precisa e, digo mais, desperdicem, não tenham medo de desperdiçar, pois vivemos a época do novo e se não for novo, minha gente, não é bom. Falando nisso, de que ano é o seu carro? Sim, eu imagino, mas depois de três anos tem que trocar, senão além do pessoal do escritório começar a comentar sobre sua procrastinação econômica, você perderá dinheiro, seus bens materiais vão desvalorizar e nossa, dinheiro é tudo, tem coisa melhor do que papel-moeda? Ah bancos centrais, como eu vos invejo! Que instituições fantásticas, quase melhores que as bolsas, não são? Ah seilá, as bolsas tem aquele ambiente tão legal, parece uma festinha, cheia de números, gente vestida de maneira bizarra e gritando, nossa, nada me empolga mais do que seres humanos tão próximos de suas raízes símias. Isso aí, dance monkeys, dance!
          Em suma, o Obamão não escutou Beatles quando podia. Não morreu de tesão ao ouvir Revolution, ao vivo, com George Harrison destruindo uma guitarra totalmente distorcida. E, sobretudo, não entendeu nada do que o John Lennon tinha pra falar. Aliás, falem o que quiserem dos EUA, mas eu nunca vou perdoar e nunca deixarei de enquadrar entre seus principais crimes contra a humanidade o assassinato de um dos seres humanos mais fantasticamente lindos que já existiu. E, convenhamos, quem acredita na história de um fã psicopata, acredita, também, na teoria do Lee Oswald como único assassino de Kennedy? Ah lá vem teoria da conspiração. Sim, talvez, mas estudando a história dessa maldita civilização ocidental alguém duvida do poder da CIA e de toda inteligência dos EUA, eles tem o know-how do mau, gente (essa rima ficou ótima, né?) Sim, ficou. Então, lavagenzinha cerebral num pobre coitado, que tal? Olha aqui, se você não matar esse hippie nojento que fode aquela japonesa escrota, você sabe que as vozes de dentro de sua cabeça nunca vão calar e toda a sua família vai pagar a vida inteira pela sua incompetência. Pense no mundo que esse inglês drogado quer? Você consegue imaginar? É claro que não! Essa gente vive no mundo dos sonhos. Não existe paz. Isso é um conceito pra gente que acredita em bestialidades do tipo “love is all you need”, “power to the people” e, pior, mais infame: “give peace a chance”. Oh! Que ultraje! Paz? E o dinheiro? Nossas mulheres tem que comprar cosméticos pra quando a gente, bem vestidos com as nossas marcas favoritas, as levamos pra passear no nosso querido Mustang conversível. Vamos citar o Caetano Veloso de novo. Ele sabe muito. Aliás, ouçam, do último CD, a música Baía de Guantánamo e entrem no clima. Falando dos os homens que exercem seus podres poderes: queria gritar oitocentas mil vezes como são lindos os burgueses! E são. Lindíssimos – por fora.
          Chegando no final desse breve texto com idéias jogadas ao ar do jeito que me convém, eu posso afirmar que me sinto triste de estar acabando essa teoria dos três atos que culminaram no atestado de óbito de Obama. Sim, porque foi o Osama que matou o Obama. O assassinato do mentor do maior ataque terrorista em solo norte-americano, lá no Paquistão, nos evidencia a maior desilusão política do nosso agitado século XXI: o homem que tinha a faca e o queijo na mão, mas que precisa de mais, muito mais. E que, certamente, tá adorando essa época, ele foi eleito num período cheio de guerras, revoluções e gente ganhando dinheiro em cima de fome, desemprego e todo tipo de desigualdade. Que mágico, não? Me fascina essa nossa época. O Obama conseguiu pegar o Osama. E, logo depois, declarou que o mundo estava mais seguro sem esse fundamentalista do Bin Laden. E, mais, afirmou que seu fim deve ser saudado por todos aqueles que acreditam na paz e na dignidade humana. Lindo né? O problema é que a Al-Qaeda tem fim, o capitalismo não. Quantos mais Bin Ladens a gente vai agüentar? 

5 commentaires:

  1. uau queri, tu anda um pouco revoltado? muito bem escrito teu texto, sério, parece que tu estás na minha frente falando comigo.
    Bem, não sei mto o que comentar pq tu sabe qe discordamos em vários assuntos, mas gosto muito de ler/ouvir tuas opiniões.
    o texto do benjamin que eu te falei: http://antivalor.vilabol.uol.com.br/textos/frankfurt/benjamin/benjamin_06.htm
    esse texto tem bem mais a vê com teu primeiro post, eu acho que tu vais gostar bastante.

    Beijos!!!

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  2. http://www.youtube.com/watch?v=rjidFPIWU9Y&feature=related
    http://www.youtube.com/watch?v=ATASUqqvc8E&NR=1

    um pensameno contrário...

    Beijos

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  3. chê, mto bom o post, metralhadora giratória gauche style! sobre a questão "os estados unidos agiu certo no caso osama?", podemos ler o sempre genial chomsky:

    http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17773

    mas quanto ao obama, acho que tu poderia aprofundar mais a noção de dominação carismática: é mto fácil odiar o bush, estereótipo do cowboy filha da puta. mas é bem mais difícil odiar o obama, buona xente, negão, easy-going, curte o lula - largou que ele é GOOD LOOKING -, fuma um marlborão e usa bem as redes sociais rsrs. e o pior de tudo: é inimigo dos meus inimigos - god damn you republicans. mas a real é que ele só fez merda. a questão de guantánamo, tu já disse tudo. sobre a crise, faltou dizer que ele optou por se aproximar do Tim Geithner e do Larry Summers, reconhecidos escrotos, escanteando gente do quilate de um Krugman. Aí a gente já pode ver as opões que o browl estava fazendo, antes mesmo da crise. a comissão de déficit foi outro fiasco: pegaram a direita dos republicanos e a direita dos democratas e montaram uma comissão "mista". "mista" mes oeufs!

    se muitas vezes o que faltou foi peito para utilizar a maioria no Senado e na Câmara - que agora é minoria -, isso pode ser considerado um erro. Erro brutal, mas ainda assim um erro. Mas recuar em Guantanamo, em tributação, em montagem da equipe econômica, em recuo na política de comunicações (ele tinha proibido algo à la Ley de Medios), ordenar de dentro do Brasil um ataque à Líbia e invadir outro país (mais uma vez) sem permissão para assassinar em cold blood um barbudo que, sim, era um filho da puta, mas que ainda assim tinha direito a julgamento, bom, daí já podemos nos perguntar qual a diferença entre o dawg e o bush. fora os adereços estéticos e o que eles despertam nos lunáticos da direita estadounidense...

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  4. ah, e resolvi citar apenas alguns aspectos, é claro. não quis entrar em orçamento militar record:

    http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,orcamento-militar-de-obama-deve-chegar-a-us537-bilhoes,329848,0.htm

    nem em orçamento de assistência social mínimo:

    http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/O+ORCAMENTO+DE+OBAMA+CONGELARA+OS+POBRES+_1395.shtml

    e por nada que eu entraria no vergonho caso do sistema de saúde. mas bom, façamos justiça: culpar só o obama é ou ingenuidade, ou má fé. mas creio que não caimos nesse erro. sabemos que a correlação de forças nos states é lamentável, e quem tem uma gangue do chá radicalizando o processo político, e uma ideologia individualista extremista que fode com toda e qualquer iniciativa de caráter público e igualitário. mas em vez de negar, creio que esses fatos só reforçam tua tese inicial:

    obama is dead, baby

    dead like zed.

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  5. certo!

    adorei o "obama is dead" análogo ao clássico:
    - whose bike is this?
    - it's a chopper, baby.
    - whose chopper is this?
    - zed, baby.
    - who's zed?
    - zed is dead, baby. zed is dead.
    obrigado, tarantino!

    e falando sério:
    Capitalism a love story: http://www.youtube.com/watch?v=JeROnVUADj0
    e
    Inside Job: http://www.youtube.com/watch?v=X2DRm5ES-uA

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