dimanche 26 juin 2011

Sobre o fogo de porto alegre

meu porto.

em alguns momentos da vida eu aderi àquela de "porto vá lá, mas por que alegre?", porém, todavia, entretanto, a província tá do lado esquerdo do peito de uma maneira latente e maciça. como tudo que tu ama nessa vida, tu acaba odiando, só depois de dar tempo pro tempo tu consegue digerir essas relações conturbadas que nós macaquinhos temos com o nosso galho. nosso habitat natural, onde vivemos e nos portamos como animais diariamente.

só que, depois de um dia - cheguei ontem, tá ligado? - eu posso dizer que eu tenho um amor pleno, enorme e infinito pelos animais que habitam aqui comigo e que vivem se alimentando de arte e de amor, vivendo uma loucura muito lúcida e responsável para com o devir e, enfim, ardendo de um fogo bonito.

eu acho que porto alegre arde de um fogo bonito.

acho que a chama já foi mais forte num passado recente. mas isso quer dizer que ela não pode arder loucamente de novo? gritando pro mundo que aqui, no sul da américa do sul, tem um monte de cabeças que tem o que gritar.

o vulcão aquele recém entrou em erupção. uns pensam nas cinzas que tão pelo ar. eu to pensando na efervescência desse século XXI. a natureza tá aí gritando pra que todo mundo arda assim como os acampados nas praças ao redor do planeta estão.

afinal, um outro mundo é possível ou não?

esse mundo de merda tá grávido de um muito melhor?

ou a juventude não quer saber de nada além de virar a noite no Ocidente e abrir a Lanchera às 6h15 comendo pastelzinho de carne?

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